A Câmara Municipal do Funchal recebeu, para o ano letivo 2020/2021, um total de 1990 candidaturas para o programa de atribuição de bolsas de estudo universitárias aos estudantes do concelho.

Trata-se do maior volume de sempre de candidaturas, num ano em que, fruto das condicionantes causadas pela crise socioeconómica, o Executivo liderado por Miguel Silva Gouveia decidiu alargar a atribuição de bolsas universitárias aos mestrados integrados e às licenciaturas até 6 anos de duração. Até agora, as bolsas eram dadas aos três primeiros anos de formação superior.

No ano letivo 2018/2019, a Câmara Municipal do Funchal apoiou 1217 estudantes, num investimento que ascendeu a 781 mil euros, ao passo que, no ano passado, foram apoiados pela Autarquia 1478 estudantes funchalenses, com o investimento a chegar aos 925 mil euros.

As candidaturas deste ano encerraram no passado dia 30 de novembro e, em parte, ainda estão a ser avaliadas pelos serviços municipais, nomeadamente no que concerne a documentos em falta, mas Miguel Silva Gouveia antecipa que “este será o maior investimento de sempre da Câmara Municipal do Funchal em bolsas de estudo universitárias, representando o maior número de famílias apoiadas até hoje.”

A Autarquia espera investir, em 2020/2021, cerca de 1,2 milhões de euros no programa.

O Presidente acrescenta que “até ao próximo dia 31 de dezembro, a Câmara Municipal do Funchal irá proceder ao pagamento da primeira tranche das bolsas do Ensino Superior, para todas as candidaturas que já submeteram toda a documentação necessária e que estão devidamente validadas, o que será também uma ajuda importante para as famílias funchalenses já durante este Natal, numa quadra mais difícil do que é habitual.”

O maior número de candidaturas recebidas pela Câmara Municipal do Funchal em 2020/2021 diz respeito ao primeiro ano de Universidade, com 660 novos estudantes funchalenses a passarem a beneficiar deste apoio. Seguem-se os segundos anos (556 candidaturas) e os terceiros anos (552 candidaturas). O alargamento do programa, promovido pela Autarquia este ano, devido às consequências socioeconómicas da pandemia de COVID-19, gerou, por sua vez, 252 novas candidaturas, divididas por quartos anos (158), quintos anos (67) e sextos anos (27).

Miguel Silva Gouveia explica que “este era um aumento que estávamos à espera, em virtude das dificuldades que as nossas famílias estão a enfrentar, e porque as preocupações dos funchalenses com a Educação dos seus filhos, perante mais um quadro de crise, são daquelas que mais nos chegam no decurso do nosso trabalho de proximidade com a população, quer em audiências, quer no terreno.”

“Deste modo, o Executivo Municipal promoveu atempadamente o alargamento dos critérios para atribuição de bolsas do Ensino Superior, que foi aprovado, por unanimidade, na Assembleia Municipal do passado mês de setembro. Garantimos, igualmente, a contração de um empréstimo de 5 milhões de euros, para ajudar as famílias, as empresas e as associações do concelho a fazerem face às dificuldades provocadas pela pandemia de COVID-19, e que incide também no reforço deste programa de atribuição de bolsas de estudo. A contração do empréstimo foi aprovada na Assembleia Municipal do passado mês de novembro, apesar dos votos contra do PSD, e deixa bem patente a forma como a Câmara Municipal do Funchal tem trabalhado no sentido de precaver a crise e de poder prestar o auxílio que as famílias funchalenses precisam nesta fase.”

Miguel Silva Gouveia recorda que, “até à entrada em funções do atual Executivo, o Funchal nunca tinha atribuído bolsas de estudo universitárias aos estudantes do concelho. Ao dar início a esta medida histórica para a cidade, no ano letivo 2018/2019, assumimos o compromisso para apoios aos três primeiros anos, sublinhando que, conforme o número de alunos que precisassem destas bolsas de estudo, faríamos o possível para expandir a atribuição. Este ano, com muito esforço do Município, mas sabendo que é um ano especialmente difícil para as famílias, vamos tornar isso possível, garantindo que o acesso à educação não seja suprimido pelas dificuldades conjunturais”, conclui.

Fonte: https://www.funchal.pt/