A Autarquia funchalense, através do Museu de História Natural do Funchal, tem em curso um projeto inovador intitulado BiodivAMP, no âmbito da investigação marinha.

A Autarquia funchalense, através do Museu de História Natural do Funchal, tem em curso um projeto inovador intitulado BiodivAMP que visa o estudo e a preservação da biodiversidade da Reserva do Garajau, no âmbito da investigação marinha.

Esta iniciativa assenta, sobretudo, em três eixos de ação, e são eles:

  • Criação de um Manual de Boas Práticas para a monitorização gestão e governança de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) na costa portuguesa;
  • Implementação de um projeto-piloto usando ADN ambiental como ferramenta não invasiva para a monitorização da Biodiversidade;
  • Promoção das AMPs portuguesas e disseminar os resultados e atividades do projeto, com o objetivo de dar a conhecer ao público em geral a importância destas áreas protegidas e de disponibilizar aos “stakeholders” ferramentas para que possam gerir as AMPs de uma forma mais eficaz e sustentável.

Este é um projeto com a duração de dois anos que vai ao encontro de dois dos pilares e desígnios do atual Executivo Municipal: a Sustentabilidade Ambiental e a Inovação. Com efeito, a Câmara Municipal do Funchal é a única Autarquia do país com um departamento dedicado à Ciência.

De salientar que, até ao momento, já é possível ter conhecimento da biodiversidade que existe na Reserva Natural do Garajau. Todavia, recorrendo ao ADN ambiental, material genético que se liberta de um organismo através de processos fisiológicos ou mecânicos, e que fica livre no ambiente (solo, ar, água) por tempo limitado, é possível reduzir os custos e os obstáculos da investigação científica. A título de exemplo, no caso dos peixes, esse ADN pode ter origem nas escamas, pele, muco, esperma, excreções, tecido danificado ou em animais mortos.

A análise do ADN ambiental é uma ferramenta emergente que consiste na coleta de amostras ambientais, onde os fragmentos de ADN das espécies que interagiram com esse ambiente podem ser capturados, e posteriormente sequenciados e identificados.

Este é um programa de financiamento nacional, chamado “Fundo Azul”, cujos objetivos passam por potenciar o desenvolvimento da economia do mar, apoiar a investigação científica e tecnológica, incentivar, proteger e monitorizar o meio marinho, e incrementar a segurança marítima.

O projeto BiodivAMP – Desenvolvimento de Ferramentas para a Monitorização e Proteção de Biodiversidade em Áreas Marinhas Protegidas ao longo da Costa Portuguesa, é coordenado pelo Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (ISPA), tendo a Câmara Municipal do Funchal, através do Museu de História Natural do Funchal como parceiro na RAM, para o respetivo projeto.”

Fonte: www.cm-funchal.pt