A plataforma agrega um conjunto de informações históricas sobre a capital madeirense.

O projeto da Autarquia Funchalense, “Novemil”, elaborado pelo investigador João Márcio de Matos, e que consiste numa plataforma que agrega um conjunto de informações históricas sobre o Funchal, já ultrapassou a barreira das 20 mil consultas, desde que foi lançado.

Apresentada em finais de setembro do ano passado, pelo Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, a plataforma já foi consultada 23 932 vezes, em 37 países (predominantemente zonas da diáspora madeirense, com mais de 50% de acessos em território português), e teve 1505 pontos de origem de tráfego.

O nome do projeto foi inspirado no primordial código postal do Funchal (9000) e reúne a identidade da cidade, que surge como “uma ligação concreta ao lugar que nos molda”, pode ler-se na secção “sobre nós” da plataforma, que possui todos os conteúdos em versão bilingue. Aqui pode ainda ter acesso a um conjunto de informação histórica da cidade com mais de 6000 fotografias na ‘Iconoteca’, 200 livros no ‘Ateneu’ e várias histórias no ‘Guia Insólito’ da cidade, Memória Toponímica, Crónicas do Quotidiano, entre outras informações relevantes.

Este sítio eletrónico está aberto a toda a população que queira contribuir com elementos documentais, nomeadamente através de memórias fotográficas familiares, coleções iconográficas de interesse, vídeos, entre outros. O objetivo é que os munícipes partilhem as suas próprias narrativas sobre o passado, dando a conhecer momentos desconhecidos, insólitos e curiosos que possam enriquecer o imaginário de quem vive a urbe, sendo que esse património poderá partilhado na seção “A Sua História”.

Com efeito, o investigador João Márcio de Matos conta-nos que tem recebido “contactos muito interessantes e até surpreendentes”. A maioria das mensagens são enviadas por cidadãos estrangeiros e alguns residentes no território nacional que abordam questões relacionadas com a história da cidade (aqueles que procuram aprofundar algum aspecto em concreto), sugestões de valorização de património ou até mesmo de sinalização de percursos históricos inusitados.

“Houve, por exemplo, uma visitante alemã que sugeriu a sinalização da primitiva vereda que ligava a cidade do Funchal ao Curral das Freiras e que terá sido usada na fuga das religiosas do Convento de Santa Clara durante o ataque corsário”, desvenda o dinamizador do projeto, sublinhando que as seções mais visitadas são a “Memória Toponímica”, “Iconoteca” e “Guia Insólito”.

João Márcio de Matos admite que está muito satisfeito com o número de visitas e interações que a plataforma tem registado. “Supera muito o esperado para um sítio eletrónico de nicho, como é a divulgação da memória urbana”.

Embarque aqui numa viagem pelo passado do Funchal.

Fonte: https://www.funchal.pt/