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Exposição “Pé-Sombra” de Vera Mota
17 Janeiro, 2022 @ 9:30 - 21 Janeiro, 2022 @ 17:00
Capela da Boa Viagem
2ª a 6ª feira – 09h30 às 17h00
Encerra aos feriados
Entrada Livre
A capela da Boa Viagem reabre ao público com a inauguração da exposição “Pé-Sombra” de Vera Mota; a segunda exposição do ciclo interferência/integração, com orientação do artista plástico Hélder Folgado.
A propósito desta exposição, Mariana Pestana escreve que “Pé-Sombra faz uma referência directa à figura mitológica do ciápode (do grego σκιαποδες, skiapodes, “pé de sombra”), e que a primeira citação surge “no séc IV a.c. num texto publicado por Ctesias de Knidos, médico da corte de Artaxerxes Mnemom da Pérsia. Neste relato mais antigo, os Ciápodes seriam um povo que tinha apenas um pé, muito largo, permitindo-lhes deslocarem-se rápido e protegerem-se do sol. Ali, o ciápode, literalmente pé no céu, define-se pela inversão absoluta do corpo na relação com o espaço e o cosmos.”
Vera Mota (Porto, 1982) é licenciada em Artes Plásticas – Escultura (2000-2005) e Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas (2006-2008), pela Faculdade de Belas Artes U.P., tendo concluído o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica no Fórum Dança (2005-2006).
A sua prática artística revela-se sobretudo através da escultura, desenho e performance, usufruindo da amplitude e permeabilidade que estas disciplinas oferecem. Com apresentações públicas regulares desde 2005, o seu trabalho convoca uma forte componente material, num processo em que o seu corpo se afirma como agente quase sempre indispensável. A performance surge assim como meio de produção, de composição, ou mesmo de encenação, promovendo e equacionando a participação do corpo enquanto metodologia generativa e eixo para formulações conceptuais.
Recorrendo a um largo espectro de materiais – mármore, ferro, bronze, tecidos, couro, vidro, papel – em esculturas estanques e de larga escala, bem como instalações de carácter transitório, deixa sobressair as propriedades destas matérias, cujas especificidades acabam por ser determinantes para definir a expressão que as obras assumem. Na escultura como no desenho, este corpo actuante, imprime os seus gestos e trânsitos.
Mais recentemente, e mantendo-se em torno das políticas do corpo, o seu trabalho apresenta um animismo escultórico que reclama outras perspetivas de corpo, outros corpos e materialidades, procurando encenar processos de transfiguração, desclassificação de funções e transferência entre corpos orgânicos e inorgânicos, geológicos e biológicos, de que é exemplo a sua última exposição individual “Ventriloquismo” (Galeria Bruno Múrias, Janeiro 2021).
No âmbito de exposições e programas de performance, o seu trabalho foi já apresentado no Museu de Arte Contemporânea de Serralves; Galeria Municipal do Porto; MACE – Museu de Arte Contemporânea de Elvas; Matadero (Madrid, Espanha); Ireland’s Biennial (Limerick, Irlanda) e SESC (São Paulo, Brasil); entre outros.
A sua prática artística revela-se sobretudo através da escultura, desenho e performance, usufruindo da amplitude e permeabilidade que estas disciplinas oferecem. Com apresentações públicas regulares desde 2005, o seu trabalho convoca uma forte componente material, num processo em que o seu corpo se afirma como agente quase sempre indispensável. A performance surge assim como meio de produção, de composição, ou mesmo de encenação, promovendo e equacionando a participação do corpo enquanto metodologia generativa e eixo para formulações conceptuais.
Recorrendo a um largo espectro de materiais – mármore, ferro, bronze, tecidos, couro, vidro, papel – em esculturas estanques e de larga escala, bem como instalações de carácter transitório, deixa sobressair as propriedades destas matérias, cujas especificidades acabam por ser determinantes para definir a expressão que as obras assumem. Na escultura como no desenho, este corpo actuante, imprime os seus gestos e trânsitos.
Mais recentemente, e mantendo-se em torno das políticas do corpo, o seu trabalho apresenta um animismo escultórico que reclama outras perspetivas de corpo, outros corpos e materialidades, procurando encenar processos de transfiguração, desclassificação de funções e transferência entre corpos orgânicos e inorgânicos, geológicos e biológicos, de que é exemplo a sua última exposição individual “Ventriloquismo” (Galeria Bruno Múrias, Janeiro 2021).
No âmbito de exposições e programas de performance, o seu trabalho foi já apresentado no Museu de Arte Contemporânea de Serralves; Galeria Municipal do Porto; MACE – Museu de Arte Contemporânea de Elvas; Matadero (Madrid, Espanha); Ireland’s Biennial (Limerick, Irlanda) e SESC (São Paulo, Brasil); entre outros.
Mariana Pestana (1982) vive e trabalha em Lisboa. É arquitecta, curadora e investigadora. Doutorada em Arquitectura pela Bartlett School of Architecture (2019), cria programas culturais como exposições, eventos e instalações e entre os quais The Future Starts Here (V&A, 2018) e Eco Visionários (Maat, Royal Academy e Matadero, 2018-19) ou a 5ª Bienal de Design de Istambul (2020-21). É co-fundadora e directora do estúdio interdisciplinar The Decorators e Professora Assistente Convidada no Instituto Superior Técnico em Lisboa.